quinta-feira, 18 de junho de 2009

Jornalismo Cor de Rosa, Paparazzi e otras cositas mas...

Por Marina Maia

Não confunda jornalismo cor-de-rosa com preferência sexual. Embora seja unanimidade. A “imprensa rosa” como é assim chamada, nasceu na metade do século XX e favorece os interesses e as necessidades do mercado. O jornal cor-de-rosa reúne entretenimento, publicidade, marketing, serviço, espetáculo, jornalismo etc.

A linguagem chamada de sensacionalista é exagerada, quer chamar a atenção do leitor de qualquer maneira e tem alta carga emotiva. O jornalismo sensacionalista ou sensacionalismo é um tipo de mídia que veicula matérias escandalosas, nem sempre verdadeiras e seu principal alvo é a celebridade. O jornalista sensacionalista publica uma notícia sobre uma pessoa famosa, por exemplo, mostrando um novo amor, o que na maioria das vezes não é verdade, mas o jornalista desse tipo de imprensa acredita que o público vai consumir aquela notícia e ela vai vender bastante. Pensamento certeiro.
A partir dos anos 60, a própria celebridade torna-se fenômeno social. É muito comum as celebridades estarem sempre na mídia, como é o caso da Paris Hilton. Herdeira da rede de hotéis Hilton, a socialite está sempre na frente das câmeras, seja para ser fotografada, seja para protagonizar algum escândalo.
Além dos jornais, existem as revistas brasileiras de celebridade: Quem, IstoÉ Gente, Caras, Contigo! e sites da Internet que veiculam as notícias dos famosos: EGO, O Fuxico, Babado, etc. Os sites e as matérias desse tipo de revista estão focados na vida íntima dessas pessoas, que seriam: músicos, cantores, jogadores, artistas em geral. Os sites e revistas são muito criticados por invadirem a privacidade de pessoas, que embora famosas, nem sempre concordam em ter sua vida exposta para o público leitor. Essa invasão de privacidade é bastante comum entre os paparazzi.
Paparazzo, no singular, é uma palavra de origem italiana usada para designar repórteres que fotografam pessoas famosas sem autorização. Esse repórter fotográfico costuma ser bastante indiscreto e geralmente provoca a fúria das celebridades como foi o caso da cantora londrina Lily Allen e da também cantora Amy Winehouse. Quando os paparazzi conseguem a foto desejada, eles a vendem na imprensa por valores que podem variar em função da fama da celebridade e da situação em que foi encontrada quando fotografada.

Amy Winehouse e Lily Allen
Tem o lado inverso dessa história. Anônimos querendo ser celebridade. Uma pesquisa feita no Brasil mostra que 62% dos homens cometeriam excessos para serem famosos. Concursos para modelos ou cantores e reality-shows como o Big Brother Brasil e a Família Meneghini do quadro “Mudança Geral” do programa Fantástico, são a fórmula para uma vida pública. Mas é ruim quando isso vira algo obsessivo, como é o caso da “Celeb4aday”, uma agência do Texas, nos EUA. Ela proporciona a fama para o anônimo, mas de mentira.
O anônimo liga para a agência, comenta seu dia e vai para um local determinado por ela. O contratante é recepcionado por jornalistas falsos e é fotografado exaustivamente. O brinde é uma foto estampada numa capa de revista falsa de celebridades. Para ter esses 15 minutos de fama paga-se 500 dólares por quatro horas de duração. E aí, vai encarar? Ou será que o anonimato é melhor e mais barato?

4 comentários:

  1. Own texto liindoo! hahaha

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  2. hahaha.. fiquei passada com a galera pagando 500 dólares, as pessoas não tem mais noção meeeesmo. haha Mas, enfim, eu adorei o texto, ta muito interessante.

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  3. Esse tipo de jornalismo realmente chegou para ficar. Celebridades, no entanto, só aparecem na mídia se quiserem. O Selton Melo, em uma entrevista, disse que é perfeitamente possível passar despercebido nesse meio. A indústria dos paparazzi é uma via de mão dupla.

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