terça-feira, 9 de junho de 2009

Funk High Society

Por Wolney Batista

O funk brasileiro teve seu berço nas favelas do Rio de Janeiro. Com influências do funk americano o ritmo nasceu nos anos 80 e hoje é nacionalmente conhecido como funk carioca.
No Rio de Janeiro e em São Paulo o ritmo emergiu da periferia e caiu no gosto de classes mais altas, incluindo
celebridades. Aqui em Fortaleza, sinto que o caminho é inverso. Enquanto jovens, de classe média e alta lotam, cada vez mais, festas do gênero,o fenômeno das festas de funk ainda não consegue chegar à periferia.
O Eletrofunk, festa já famosa na cidade, tem como ambiente clubes sociais, boates badaladas e caras, e buffet´s em bairros distantes da cidade, o que dificulta para quem não tem automóvel, fazendo assim, uma triagem natural do público.
Não só as festas são elitistas, mas a capital como um todo.
Os prédios cada vez maiores, os condomínios de luxo cada vez mais freqüentes, e a “cultura” de carros novos e cada vez mais potentes, comprovam essa 'teoria'.
Não é segredo que a capital cearense tem uma sociedade excludente. Para Renato Lourenço, 30 anos, organizador e sócio do Eletrofunk, a realização da festa no Iate e Náutico (Clube), no Vianna´s (buffet) e no
Mucuripe era um anseio do público. “Fortaleza é sim elitista, mas não só em relação ao funk, em outras festas isso também acontece, como no Fortal onde existe a pipoca que não 'se mistura' com o público do abadá e do camarote”, disse.


Serviço:

Nestas férias o Eletrofunk será realizado todas as quintas-feiras, no Mucuripe Club, a partir do dia 25 de junho.

4 comentários:

  1. É muito ruim essas festas que não são acessiveis. As vezes você ta muito afim de ir, masé muito distante. ja que o funk é um ritmo que atinge todoas as massas, agora atingindo ate a classe alta, deveriam fazer bailes mais acessiveis.

    ResponderExcluir
  2. Aaah legal! Confesso que não curto mto funk, mas quem sabe nestas férias eu não dê uma conferidinha lá no Mucuripe, né!
    Bacana!
    Bjoos. ;-)

    ResponderExcluir
  3. Fortaleza é realmente uma cidade dividida. Costumo dizer que as pessoas consideram a cidade um ovo porque a classe média é minúscula. Todos se conhecem. A maioria da população é pobre e, como o post afirma, tem poucos meios de acesso a outras formas de cultura - que dirá acesso à cultura erudita.

    ResponderExcluir
  4. O texto tah muito legal mas eh preciso complementar uma idéia:
    Há alguns anos, quando o funk chegou aki em Fortaleza, era um ritimo de periferia sim, inlcusive os bailes eram nos conhecidos Gigantões, tinha na José bastos, na Vila União, Parangaba e outros locais menos elitistas e eram frequentados por pessoa humildes, que inclusive utilizvam caminhões alugados para chegar nos bailes.

    Após uma pressão da classe média daki, esses bailes foram proibidos sob a alegativa de causarem violência e agora depois do recente "boom" do funk, em escala nacional, eh q essas festas foram incorporadas pela elite cearense.

    ResponderExcluir